Vamos DAR A VOLTA à América do Sul?

Esta semana fomos até à América do Sul!

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A Helena (Leninha) com 25 anos, Mestre em Psicologia Clínica e da Saúde, e o Inácio com 34 anos, Líder de viagens de aventura na Nomad, começaram em Março esta aventura pela América do Sul, 14 países em 13 meses numa pão-de-forma, a Walentina!

Sempre gostaram de viajar, conheceram Portugal de norte a sul quando eram mais novos, e claro que o “bichinho” e a vontade de conhecer o resto do mundo foi crescendo!

Tentam dedicar grande parte do tempo (livre) ao mundo das viagens. Criaram o conceito (agora uma marca) Dar a Volta, há 3 anos quando foram dar a volta à Índia de sidecar.

O projecto surge numa conversa de café, “Viajar um ano pela Índia era uma coisa evidente e desde imaginar que iríamos Dar a Volta à Índia até decidir ir de mota com um sidecar foi um processo natural”, contam.

O Inácio sempre teve motas e propôs isso à Leninha, que disse logo “de mota, não, só se for com aquela coisinha ao lado”. Assim surgiu a ideia do sidecar. “A Índia era perfeitamente evidente para nós. Chamar a esta volta Dar a Volta foi uma ideia com um propósito. Sabíamos que íamos dar a volta às nossas vidas, à nossa maneira de viver, de pensar e de namorar, mas também sabíamos que iríamos querer continuar a dar outras voltas”.

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O Dar a Volta é um projecto dos dois, e querem fazer da experiência das viagens uma aprendizagem. O Inácio trabalha em viagens na agência de viagens aventura Nomad, e partir para a Índia era um projecto que não seria muito caro. “A vida na Índia é barata e era um local onde nos sentíamos à vontade por já termos viajado lá. Sabíamos que era barato comer e dormir e conseguiríamos viver com alguma qualidade com pouco dinheiro”.

Quando começaram a pensar no projecto para a América do Sul a coisa mudou um pouco de figura. A viagem já era mais cara, a duração da viagem ia ser maior e consequentemente tudo ficava bastante mais caro. Para viabilizarem a viagem apresentaram o projecto à Nomad que, desde o primeiro minuto, apoiou incondicionalmente e patrocinou-a com um valor considerável. Isso fez com que a viagem fosse viável!

“Em todo o caso, temos de fazer uma boa gestão de custos. Vamos dormir e cozinhar na pão-de-forma, dormir em casa de amigos e, muito pontualmente procurar um hostel. Mas nada disso é um sacrifício. Viajar assim, com a nossa casa a transportar-nos, é a maneira de viajar que procurávamos para esta volta”.

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Para começarem este projecto foi preciso planearem muita coisa. “Não só em termos orçamentais mas, especialmente, em termos diplomáticos. Tivemos de contactar embaixadas, procurar pessoas que nos ajudassem, contactar amigos, descobrir curiosidades em cada país. Houve um trabalho muito exaustivo de pesquisa”.

“Este projecto é bastante mais dispendioso e demorado na fase de preparação e no pós-viagem, do que na realização. Conseguimos várias parcerias com fornecedores de equipamento e parcerias com um colectivo de conteúdos de vídeo, o IndusDoc, um gabinete de design, a Moodystudio, e uma produtora de conteúdos de vídeo, a Um Segundo Filmes. Tudo isto demorou bastantes meses de conversações, de negociações, de entendimentos. Para que tudo isto tenha sucesso há uma equipa de 9 pessoas a trabalhar. E trabalham porque acreditam no sucesso dos conteúdos, no sucesso da viagem, no sucesso do nosso trabalho no terreno. São nossos amigos e acreditam que o nosso desempenho durante a viagem vai ser frutífero. Nós viemos para aqui para fazer um projecto de viagem, não viemos fazer férias. Em todo o caso, isto dá-nos imenso prazer

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Quando chegaram a São Paulo já tinham algum “trabalho de casa” feito. Ainda em Portugal, fizeram uma pesquisa exaustiva de carrinhas pão-de-forma à venda na cidade de São Paulo, por isso, quando chegaram, com a ajuda da família da Leninha (a viver na cidade), percorreram muitos quilómetros à procura da carrinha certa. Viram muitas, algumas em muito mau estado, outras interessantes. Estiveram em vias de fechar o negócio com uma pão-de-forma, “mas aquela não estava destinada a ser a nossa”. Depois de 15 dias à procura, encontraram a pão-de-forma certa, e com a ajuda dos quase 10.000 seguidores que têm no facebook, foi fácil darem o nome à Walentina!
Quanto à personalização, juntamente com a Moodystudio, a equipa de design que colabora no projecto Dar a Volta, delinearam a imagem da casa-ambulante. “Queríamos, desde o início, criar uma empatia visual e ligação inconsciente por parte dos sul-americanos que connosco se cruzassem. Esse elemento é a bandeira na parte de trás da carrinha. Bandeira essa que representa os povos originários dos Andes e que, em alguns países sul-americanos, está erguida na praça principal juntamente com a bandeira tradicional do respectivo país. No entanto, queríamos igualmente uma ligação com o nosso Portugal, daí os elementos alusivos ao Galo de Barcelos, Vinho do Porto, Bacalhau, Sardinha, Tremoços, Barco rabelo, Coração de Viana, etc”.
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Para a Leninha e para o Inácio, viajar é a única coisa em que se gasta dinheiro e se sai definitivamente mais rico. “Dizer que nos tornou mais tolerantes, mais cultos, com mais compaixão ou mais sensíveis é querer reduzir a experiência a uma emoção ou um conjunto de sentimentos. Viajar é em si mesmo uma actividade completíssima em termos de moldagem do espírito humano. Se viajar nos muda? Acreditamos que sim, mas não sabemos de que forma. Sabemos que somos o que somos e quem somos porque viajamos. Isso faz de nós pessoas felizes e isso, na essência, é o que nós achamos que é realmente importante”.
Nos próximos meses vão atravessar 14 países da América do Sul. De Curitiba, cidade onde se encontram neste momento, vão para o Paraguai, Uruguai, Argentina, Chile, Perú, Bolívia, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e Trinidad e Tobago. No final da volta, queremos acabar a dançar no sambódromo do Rio de Janeiro.
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“Com estas experiências sentimos que ganhamos muita coisa ao realizar este sonho. Conhecemos outros povos, culturas e, acima de tudo, pessoas extraordinárias que, caso não saíssemos de casa, não iríamos conhecer. Fazemos amizades para a vida, que provavelmente nunca mais se cruzarão connosco mas que permanecerão vivas na nossa memória. Atravessamos locais incríveis e paisagens de cortar a respiração. O que poderíamos querer mais?”
Neste momento, estão 100% dedicados a esta viagem e ao projecto. Claro quando criaram o Dar a Volta, foi já com o objectivo de ter uma certa continuidade e o resultado disso é esta volta pela América do Sul. “O que virá depois, ainda não sabemos. ” Pode ser que nos surja uma ideia de outra volta durante este ano, e quem sabe a próxima será uma volta à China de bicicleta?!
Como sempre pedimos à Leninha e ao Inácio que nos deixassem uma mensagem  >>>  “Sejam persistentes no que acreditam e esforcem-se para o conseguirem. Os exemplos que temos à nossa volta são isso mesmo, de quem nunca desistiu dos sonhos e, com muito ou pouco sacrifício, lá chegou”.
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Para acompanharem de perto esta viagem sigam o blogue do Dar a Volta, e claro tudo a fazer Like&Share na página do facebook aqui.
Leninha e Inácio, mais uma vez muito obrigada pela vossa colaboração no Pick me, e uma ÓPTIMA VIAGEM! Eu vou seguir todos os passos desta vossa aventura 😉

3 thoughts on “Vamos DAR A VOLTA à América do Sul?

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